sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Interlúdio: tirando as dúvidas

Meus últimos posts deixaram meus leitores curiosos, então, faço uma pausa no roteira da viagem para esclarecê-los.

Logo, volto com as aventuras na fantástica Finlândia, nossa próxima parada.


vc naum foi pra dinamarca pra ficar com o Rumle???


Não. E sim. Conheci o Rumle através deum site chamado Couchsurfing. É um site muito legal pois serve pra conectar as pessoas que gostam de viajar e aceitam ficar na casa dos outros. Ou seja, apesar de não nos conhecermos previamente, entramos em contato com ele e ele aceitou nos receber na casa dele. Claro que antes de chegar nele, vimos uns 200 perfis até chegar em uns 15 que gostamos, bem informados, com boas referências. Depois farei um post sobre o site. Mas era só isso. Alguém legal que nos receberia e não gastariamos com hospedagem e foi o que foi.


Como assim se despedir??? pra onde ele foi??? quem é Sophie-mulher/sabedoria???
Bom, quem foi embora de lá fomos nós, mas ele deixou a gente com a chave do apê dele, pois nosso voo era só no dia seguinte. E foi ficar com a namorada/rolo dele, a Sophie. Essa coisa de mulher sabedoria é invenção minha, pois sofia significa sabedoria em grego...


Cadê a foto da sereia????

Ela virá depois, pois participou de uma brincadeira na Finlândia. Colocarei as duas, a verdadeira e a "nossa".

Voces foram na parte do museu do Andersen?Gostou??????
Sim, fomos e era bem legal, veja uma foto da gente em duas das salas... A da Roupa nova do imperador e a da vendedora de flores:






Por que voce não queria ir pra Copenhagen??????
Nunca tive um porquê ir. Nunca li nada sobre lá e nem conhecia gente de lá. Simplesmente, não passava pela cabeça. Falta de contato prévio. Se arrependimento matasse... Quero voltar lá qualquer dia. Falar mais dinamarquês.

E por que diabos tinha índios peruanos lá?Seria uma invasão?
É a tal da globalização. Meedo! (risos)

sábado, 12 de setembro de 2009

Diário de bordo - dia 05-07 – Copenhagen

(depois de um longo hiato, por motivos acadêmicos, tento contiuar as aventuras e desventuras na Dinamarca e sequência)

Bom, esse post vai perder um pouco em histórias engraçadas e inesperadas, mas a culpa não é só do autor. O domingão na Dinamarca foi um dos dias mais tranquilos da viagem. Acordamos cedo (ok, não tão cedo quanto tínhamos planejado, já que a cama tava tão gostosa) e começamos a flanar pelas ruas de Copenhagen. O Ed tinha lido o guia, diferente de mim, e sabia quais eram os pontos turísticos do lugar. Eu, muito prosa, tinha chegado na Dinamarca ignorante de tudo, nem uma olhadinha na Wikipedia eu tinha dado.... tava à deriva. Mas com bons guias, era só seguir e se divertir.
Andamos por um parque, tinha uma estátua do Hans Andersen. Meu, com essa pomba ali bem localizada, dava pra dar algum crédito ao tiozinho que é a personalidade dinamarquesa na literatura universal?



Daí, passamos pela prefeitura, pelo palácio que tinha aqueles soldados com chapéus engraçados, e pose de estátua. Passou um levando uma jarra que a gente teve certeza que era a água real. Só nao entendemos porque ele teve que ter buscado no outro prédio. Não coloco nenhuma foto porque ficamos com medo de o soldado se aborrecer com fotos, e preferimos não ter que sair dali correndo. Entramos numa igreja bem legal. Até peguei umas orações em dinamarquês pra dar pra minha vó, só pra ver a cara dela.

Fomos no ponto talvez mais famoso que é a Pequena Sereia. Não, não tem nada a ver com a Ariel da Disney. Se tem, não aparentam ser iguais. É uma estátuazinha, em tamanho natural, que a gente quase passou sem ver que ficava ali. Só fomos lembrados de estarmos numa área pra turista ver porque o preço das coisas nos quiosques estava os olhos da cara. Comprei uns postais, mas nem sabia que a saga estava apenas começando. Em nenhum lugar se vendia selos. Mas, ainda temos muitas horas.

Perto ali da Sereia, no porto, pudemos ver a Opera House, que era um lugar de arquitetura muito bonita, e que tinha um mistério. No saguão interno havia umas bolas enormes, que pensei serem lustres. Nosso anfitrião nos explicou que elas era acesas e ficavam amarelas. Guarde essa informação. Parece que o fundo é pintado de vermelho. Bom, e daí? Um fundo vermelhoe três bolas amarelas? Eis a bandeira de Christiania, sabe a comunidade hippie da cidade? Mas a Opera House é pros ricaços do lugar, feita por uma espécie de Niemayer deles. Mistéério!

Já meio afastado do centro da cidade, fomos andar por vários lagos e a fome bateu. Tivemos nossa primeira experiência em um ônibus: depois de andar no guidão da bicicleta, no metrô e no trem (ao chegarmos), pegamos o ônibus. Nada de muito novo. Mas bastante confortável.

Nosso almoço não foi nada dinarquês. Fomos num café francês, mais típico que os da França (olha a ironia) e do lado de fora do lugar estavam tocando jazz. Um tiozinho muito batuta, um sonzinho muito gostoso e nós ali, nos entupindo.

O nosso host parecia meio triste, mas estava empolgado a ficar ali com a gente, pra lá e pra cá. Fomos pra uma região mais central e chegamos a uma praça. Grande com igrejas, e muita gente tocando, de um lado uns índios peruanos, depois um cara com a gaita de fole. Foi um banho de globalização auditiva, uma loucura! Até pensamos que era um mesmo cara que trocava de roupa e ficava encarnando várias nacionalidades, pois passamos pra um lado, entramos no mercado e na volta, tava outro ali. Enfim, achamos muitas lojas de presentes pros turistas, devia ter deixado tudo pra comprar lá, quanta coisa barata, e postais a metade do preço que tinha pago na Sereia. E finalmente, selos!

Finalmente, chegou o momento em que o Rumle ia embora e a gente ia ficar por nós. Ele tinha sido tão legal nesse pouco tempo, conversamos tanto, deu um aperto no coração já ter que ir embora. Nesse lugar que eu nem queria ter ido e se não fosse pelo Ed jamais teria ido mesmo, lá estava ele, montando na bicicleta, indo embora. Não que eu tivesse muito triste, eu mal conhecia o rapaz, mas eu comecei a lembrar de muitas despedidas que eu tinha passado e nunca antes, em um momento de se despedir eu sentia com tanta força o poder das despedidas todas que eu já tinha passado. Dai, fomos tomar um café pra ver se eu me distraia. Não é que me para um puto do lado do café e começa a tocar músicas de fossa? Eu ali, todo encimesmado e cheio da nostalgia das despedidas e ele tocando, não me contive e fui deixando as lágrimas rolarem. Sim, leitor, eu choro! O Ed, coitado, não entendendo nada, achando aquilo triste e divertido ao mesmo tempo.

Agora, podíamos explorar mais algumas horas pois em breve estaríamos partindo dali pra nossa nova destinação. Andando sem muita direção, mas querendo chegar a casa do Rumle, onde dormiríamos (sim, ele tinha ido pros braços da Sophie-mulher/sabedoria, e tinha deixado nos deixado a chave e a cama). Então, encontramos um museu muito interessante, era meio dois em um. Primeiro, era um acredite se puder, mil fatos e coisas que podiam ser verdade ou não, tudo meio interativo. Depois, ao sair, tínhamos acesso (se comprasse a ficha) pra uma segunda parte, o Museu Hans Chritien Andersen.

Pra completar, onde a gente virava tinha alguém tocando. Eis as vantagens de ir pra uma cidade onde tá rolando um festival de jazz, e por falar nisso, parando na praça, é só sentar e curtir o show. Ou dançar como vemos aí.



Ah, claro que tinha que ter alguma besteira, assim, pra zicar o dia. Chegando na estação, decidimos já comprar o ticket do metrô pro dia seguinte e os guichês já fechados, vamos na máquina, que só aceitam trocado. Queimamos todas as moedas e pegamos os tickets, mas uma leitura no meu recém-adqirido e ja esquecido dinamarquês pra descobrir que, bom, ele vale por 1 hora a partir da hora da compra. Pois é, sem moedas, sem paciência, vamos dormir e amanhã a gente compra de novo.Quem mandou querer ser precavido?