terça-feira, 3 de março de 2015

A enxurrada - versão 1.5

Blame, no one is to blame
As natural as the rain that falls
Here comes the flood again


Alguns trovões à distância.
O céu se enegrece pouco a pouco.
Os sons se intensificam,
medo em forma de nuvens.
Mas elas dançam a quilômetros daqui.

Ouve e vê gordas gotas
Que pingam por todos os lados.
Refestelando-se na poeira,
na sujeirice do solo.

O vento sopra em rajada,
Enregela sua espinha.
Novas gotas lambem sua face ferida

Ele entende que a tempestade é linda,
Que o medo é chuva,
Que dor é relâmpago.

Lar doce lar,
A água começa a subir,
correr para todos os lados.

Não tem piscinão.
Não fizeram plano de drenagem.


Não é culpa de ninguém. É só a vida.