sábado, 6 de fevereiro de 2010

Diario de bordo - 12-07-09 - Helsique

Depois de muito tempo contando as aventuras e desventuras pelo velho continente, aqui estou eu, novemente, pronto pra mais uma entrada que revelará as lembranças que tenho daquele dia.

Era um domingo. Nosso último dia na Finlândia. Acordamos de manhã, mas não tão cedo e o dia estava lindo. Um sol brilhante, uma brisa fresca. Após o café da manhã, nos dirigimos ao centro da cidade. Desde antes de viajar, eu sabia que a Finlândia é o país dos lagos. Tem lago em tudo e qualquer lugar e eu queria alugar um barco e ir remar. Precisava praticar todo o meu know-how no assunto: remada 1, remada 2, proa, popa. Tudo.

O J. conhecia um lugar muito legal, um lago não muito grande, onde o moço alugava barcos por hora pela bagatela de 10 €. O Ed se sentiu um pouco inseguro a princípio. E olha que o barco era bem mais estável do que aqueles onde costumo remar. Claro que como o proponente daquela atividade, eu tinha que começar remando. Com apenas um par de remos e o vento a favor, remei um tempinho até que os meninos quiseram assumir. O J se mostrou um ótimo remador. Coisa de gente que mora no país dos lagos. O Ed quis tentar também, e eu fui dando as insstruções, mão esquerda por cima, direita por baixo, imprime a mesma força com as duas mãos etc. Foi bem divertido. Ao final da uma hora, o apoio do remo começou a ranger e parecia que o barco gemia a cada remada. Sorte que foi só no final.



Depois, fomos até uma praça no centro e ficamos sentados ali. Era hora do almoço e as pessoas estavam ali sentadas, conversando, tomando um solzinho. O dia continuava lindo. Peguei meu caderno e pedi lições de finladês. Quase uma semana ali e eu não tinha aprendido quase nada. Isso era frustrante, pois na Dinamarca dois dias tinham sido o suficiente para que eu captasse algumas sutilezas da língua. Enquanto conversávamos, o Ed tirava fotos e uma das mais bonitas foi tirada ali, nesse momento de ócio:



O que decidimos fazer então foi visitar a Suommenlinna. A ida foi engraçada, havia umas velhas sentadas perto da gente e rimos bastante. Na ilha, fugimos dos aglomerados de turistas indo pra lá e pra cá. A ilha não é muito grande, mas passsamos a tarde toda lá. Fizemos piquenique pra almoçar. Tiramos muitas fotos, fazendo caras e bocas. Aproveitávamos ângulos, iluminação e o tempo livre pra nos divertimos. Foi aí que eu tentei imitar (de forma errônea) a pequena sereia dinamarquesa. Segue a cópia e o original.





Depois de voltarmos da ilha, fomos passeando pelo centro e pudemos ver como sempre as pessoas tocando nas ruas. O grupo tocava músicas clássica. Assistimos a parte do show e fomos adiante. Para casa. Uma janta super especial, cheia de cogumelos e de temperos exóticos. Demos o presente que trouxemos para nosso anfitrião, que diferente de nós, a essa altura estava vermelho como um pimentão. Mas percebi que todos estávamos muito felizes com aquela parte da viagem, na qual sonhos foram realizados, mais do que em qualquer outra. Poder sentar no banco da raça conversando com Sheela, que por mas de uma década tinha praticamente 2 dimensões, nas folhas de nossas cartas; ficar na casa do Jake. Foi tudo muito legal. Mas era hora de arrumar as malas. Ainda havia mais coisas para desbravarmos. Na manhã seguinte seguiríamos para a louca Amsterdã.