sexta-feira, 12 de março de 2010

Diário de bordo - 13-07-09 - Amsterdã

Aqui estou eu de novo para contar mais um dia da grande viagem. Só para fazer uma retrospectiva, para quem ainda não leu as outras entradas, eu e meu amigo fomos à Europa e passamos por paris, Copenhagen, algumas cidades da Finlândia e um dia em Tallinn. Depois, viajamos pra Amsterdã, pra fechar com chave de ouro nosso emocionante passeio.

Porém, eu percebia que a parte de Amsterdã seria a mais complicada pelos seguintes motivos: depois de quase 20 dias fora de casa, sofrendo fortes emoções, privações, dificuldades linguísticas, você acaba sentindo aquela vontade de estar em casa, fazendo nada, descansando. Era muita informação pra digerir, sensações, movimentos, fora que ainda não tínhamos nos livrado do jet-lag: no albergue na Holanda todos os dias eu era o primeiro a levantar às 5h da manhã, afinal, no Brasil já era meio-dia. Engraçado que somente com a aproximação do final da viagem eu fui sentir tal diferença mais fortemente.

Enfim, acordamos cedo nesse dia, que era uma segunda-feira e tomamos um café reforçado para terminar de arrumar as malas e partir para o aeroporto. Apesar do aeroporto de Helsinque ser menor e menos agitado que os outros, já termos feito check-in virtual, saímos com bastante folga, pois o trauma do voo perdido nos seguia a cada dia.

Embarcamos, mas nosso voo não era direto. Passamos por Copenhagen e deu uma saudadezinha, uma sensação de déjà-vu, mas passou logo. Essa sensação se repetia ao chegarmos ao Schiphol, que havia sido nosso primeiro contato com o solo europeu.

Ao sairmos do aeroporto, nos dirigimos ao metrô. Esse, diferente do lotado metrô parisiense e do futurista metrô dinamarquês, era bem parecido com o metrô de São Paulo.

Descemos na estação indicada e fomos andando. A rua do albergue tinha um nome um pouco estranho: Kloveniersburgwal. Até assusta, né? Mas chegamos na tal rua, que chamávamos de Rua do Clóvis pra lembrar melhor. O hostel era bem localizado, do lado do metrô, num canal. A organização nos deixou surpresos. Não apenas o quarto, recebíamos também o númeor da cama em que ficaríamos. O único problema era que o quarto ficava no 3o andar.

Assim que chegamos lá, guardamos a mala e fomos dar uma volta. O dia já estava acabando, por causa da nossa escala, mas ainda dava tempo de fazer algum passeio. O primeiro lugar que o Ed queria visitar era o famigerado bairro da luz vermelha. Eu não estava tão interessado em conhecer tal lugar. Primeiro, porque minha mente ainda estava no ritmo pacato da Finlândia.
Segundo, porque tava ficando escuro, e a gente tava num lugar diferente, desconhecido.

Foi engraçado ver as mulheres nas vitrines, as músicas, os turistas fazendo piadinhas. Teve uma rua onde presenciamos uma briga entre duas prostitutas em alguma língua que eu não soube reconhecer. Um barraco. Mas engraçado. Teve umas horas que eu sentia que tava sendo perseguido. Um rapazinho de boné, que ficava indo onde a gente ia. Era um lugar meio muvucado, e eu comecei a me sentir meio mal. Não era permitido tirar foto, havia placas em todos os lugares e não queríamos ir contra pra não arrumar confusão.

No fim, com essa espécie de mal-estar, com se ainda estivéssemos meio tontos, mudança de fuso-horário (e olha que só tínhamos voltado apenas uma hora no tempo), decidimos voltar pro hotel. No caminho de volta, observamos uns mictórios que ficam no meio da rua, muito engraçados, e aproveitamos pra fazer uso desse meio pouco convencional, assim, com todo mundo olhando a sua cara enquanto você se alivia.



Fomos procurar um lugar pra comer, e acabamos decidindo comer num restaurante de comida italiana. A música tava mó legal, os garçons muito simpáticos. Depois, fomos passear nos arredores do albergue e passamos na frente de uns barzinhos legais, de lojas já fechadas.

Depois, banho, planejamento do dia seguinte e cama.

Um comentário:

  1. Mas como assim não queria conhecer logo o bairro mais famoso do mundo? E sério que os homens fazem xixi com todo mundo olhando?O cheiro não deve ser nada agradável...eca...só homem mesmo pra topar uma situação destas,hahaha
    smack kid ^-^

    ResponderExcluir