o ensaio que se coloca a seguir tem como objetivo geral a especificação da subjetividade perdida daquele que vos fala. como objetivos específicos é possível identificarmos quatro pontos centrais de argumentação, a dizer, i)a defesa do caráter teórico e filosófico do seu discurso, ii)a justificativa para o processo quase inevitável de psicologização das experiências vividas, iii) a apologia irrestrita à imaginação sem fronteiras - a pseudoanarquia da mente que se traveste de certa loucura - e afinal, iv)a compreensão da inescapabilidade da forma de dizer o que se necessita dizer como foi dito.
primeiro, faz-se mister especificar as fontes de pesquisa acessados. segundo freud, marcuse, lacan (et alli), a mente humana se forma e deforma e se reflete e se esconde. transcende-se o limite a cada passo dado com as pernas mais abertas. uma vez que se atira uma pedra, o lago já não é mesmo. as ondas podem se acalmar e a superfície pode voltar a ficar plácida, mas no fundo, ali no fundo o chão possui uma nova pedra, que faz parte do lago. o fora vira dentro.
segundo, a riqueza da sabedoria possui unicamente um valor verdadeiro a partir do momento em que se compartilha. destarte, aquilo que se afirma ser terapêutica, ou uma forma paliativa de se lidar com os fatos da existência, nada mais são do que camadas de conhecimento empírico ou teórico que saem como formas de auxílio ou como formas de solucionar problemas de qualquer sorte.
além desses pontos, vale fazermos um pequeno desvio mental para a mente em si, que se abre como um leque e que permite enxergar novos prismas e novas perspectivas. de weltenschauung em weltenschauung todo o nosso Dasein vira um Hingehen. o silêncio se torna um fardo, uma punição (para qual dos interlocutores só o destino dirá).
por fim, é importante concluir toda ilação certificando o leitor que este texto, como qualquer outro, permitindo sua transliteração se mostrará nada mais que a imagem essencial da afirmação de que realmente, não, não ia dar certo mesmo.
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