EU sinto um calafrio
Não é nada, eu penso.
Somente um vento frio.
Minhas mãos suam.
É calor? É amor?
Acho que estou doente
E a cura já distante.
Como poderia me apaixonar em apenas um instante?
Luto, minha vida inteira,
pra não ser pego de surpresa.
Mas é da minha natureza
Me perder.
O vazio dentro de mim
Quer ser preenchido,
Mas toda vez é assim,
sou ferido.
Não são eles que me ferem
Sou eu mesmo, então.
De todos os males do mundo, o mais imundo,
é aquele que está dentro do meu coração.
E tento fugir,
Eu corro.
Quase morro, e quando paro,
e olho pra trás,
Não há dor.
Paro, respiro fundo
e num segundo,
percebo que ela não está atrás de mim.
Ela está dentro de mim
Rindo-se do desespero, das traições.
De todas as minhas fantasias e paixões.
(dez. 2000)
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