Chegamos ao aeroporto e não foi difícil encontrar o trem. Um pouco mais caro que dizia o guia de viagens (ok, bem mais caro), compramos um ticket que valia para os três dias e lá fomos ao trem. A cada estação, estranhávamos o tipo de pessoa que ia entrando, afinal, viemos à frança ou à Jamaica? Não apenas pela quantidade de negros, mas pela sua forma de interagirem, se vestirem. Não, não era aquilo que víamos na televisão. Mas não era uma má visão, de forma alguma.
Descendo na Gare Du Nord, impressão continuava a mesma. Peguemos o metrô. Saindo na Republique, eis que finalmente estamos em Paris! O ar é diferente, a iluminação... Sentimos que ao andar na rua, as pessoas, por mais prosaicas que estejam, tem um certo ar de glamour, uma aura, que não é apenas mítica. Procura, procura e procura o albergue mais uma vez. Lá está. Uma moça carrancuda nos atende, pede poucas informações. O quarto está ali, boa sorte, se virem. Bom, o quarto é legal, com umas 6 camas, estamos só nós, será que ficaremos só nós? As câmeras estão ambas sem carregar, tudo bem. É só colocar na tomada. Na tomada? Alguém tinha dito que as tomadas seriam diferentes, mas tanto assim? Vamos, busca-se um adaptador. Devem ter aqui no albergue. Calma, moça, não precisa me morder. Aqui, ali, nenhuma loja de material elétrico possuía o adaptador que queríamos. Bom, talvez no aeroporto, alguém nos disse. E eis que nos vemos de volta ao aeroporto antes do que queríamos ou prevíamos estar. Olha a loja, anda, corre, entramos, olha... tá fechando, fechou... ufa, ainda bem que a gente conseguiu entrar... tem, moça? Olha, esse mesmo. Obrigado. Ufa! Quase ficamos sem fotos da França, já pensou?
De volta ao albergue, temos novos amigos de quarto. As outras 4 camas foram tomadas. Sorte que deixamos umas coisas marcando território. Olha, olá, meu nome é Elton, você é de onde? Ah, Espanha? Que rico!!! E você? Ah Marselha? Enchanté! Bom, vamos dar uma volta? Mas nada de ir tão longe, o peso de ter voado tanto tempo está caindo sobre nós como um leve manto. Ali tem um café. Quero uma bebida vermelha que vi ao passar por outro café. La bière rouge... rouge... não tem? Me dá um suco de abacaxi então. Que, Edgard? Ah, ali atrás tem um moço com a bebida vermelha? Sim, é aquela. Mas deixa pra lá... acho que aqui o vermelho aqui tem outro nome. Quero dormir!
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