Aqui estou de volta com as minhas aventuras.
Depois de uma noite bem dormida, satisfeito pelo jantar, mas contrafeito pelo cadeado, acordamos cedo e nos pusemos a dirigir.
Meu amigo nos levaria para o leste do país, numa viagem de mais ou menos 6 horas de carro até onde moram seus pais.A viagem foi tranquila. O tempo estava um pouco fechado e de quando em quando garoava.
No trajeto, paramos em um mosteiro dos monges cristãos ortodoxos russos. Sabe, aqueles com vestimentas exóticas e cânticos incompreensíveis? Em São Paulo, do lado do metrô Paraíso tem uma igreja deles. Sugiro que quem nã conhece vá ver alguma cerimônia qualquer dia. Mas ficamos com medo de eles serem meio tímidos e não tiramos foto de nenhum. Havia uma moça vestida tipicamente na entrada, mas no restaurante, os visitantes e as atendentes estavam vestidos normalmente.
Passeamos pelas arredores e tiramos fotos com os animais de pedra que se espalhavam pelos gramados. Entramos na capelazinha e vimos uma imitação dos quartos dos monges.
Depois de termos comido, ênfase ao pão escuro com arroz dentro que não lembro o nome e os meninos vão ter que me ajudar. O que tinha pra colocar nele era uma pasta de manteiga e ovo.
Depois retomamos a estrada. É curioso perceber que por longos trechos da viagem as estradas eram ladeadas por cercas que tinham quilómetros de cumprimento. Mas por quê? Era só olhar as placas. Havia os elks. Cuidado com os elks! Esse animal é muito engraçado. Parecido com um alce, mas um pouco diferente, é um animal típico da Escandinávia. Já tinha ouvido meus amigos de lá falar deles, e estava louco pra ver um. Viajando por tantas horas, a probabilidade seria grande. E a obsessão foi a de ver um elk. Adivinha, horas sem pregar o olho e nada. Segundo as pessoas de lá, eles são animais tímidos e só saem ao amanhecer ou ao anoiecer. Só viajamos durante o dia. Fora que o dia acabava às 2 da manhã e começava às 4h. Ou seja, no verão, não verás.
Ao final da tarde nos aproximamos do nosso destino. Fomos conhecendo as vilas e por fim, chegamos na casa dos pais do nosso anfitrião. Fomos recebidos em uma casa muito bonita, com uma refeição daquelas que fazem a gente querer ter dois estômagos.
Os pais dele eram muito simpáticos. Apesar de a mãe dele não falar inglês, pudemos nos comunicar e ficamos sabendo que tudo na casa, das fundações às tapeçarias tinha sido produzido por eles. Era emocionante.
Vejam o detalhe da cortina!
Finalmente, com o pai dele, fomos passear pelas redondezas e primeiro fomos ao museu da guerra. Em uma certa época, em guerra contra a Rússia, eles fizeram uma trincheira que atravessa o país todo. Falando nisso, estávamos pertinho da Rússia, mas com o visto custando os olhos da cara e uma mega burocracia, a Rússia nos obrigou a nos mantermos longe dela.
O museu de fato já tinha fechado, mas isso não impediu dois brasileiros de se divertirem andando na trincheira, brincando nos canhões e até pagando de noviça rebelde, se jogando na relva com florzinhas e cantando "the hills are alive"...
(essa foto não vem pra cá... muito queima-filme)
Depois, pegamos a estrada e mais uma hora estávamos no parque Koli. Na verdade, na parte que se chama Ukko-Koli. Ao contrário do solzinho frio que pegamos no museu, o tempo tava meio fechado, ams não estva chovendo. Subimos o monte e fomos até um dos pontos mais altos do lesta da Finlândia. Era um lugar mais pra gente meditar, sentir o silêncio, observar a imensidão dos lagos e das florestas.
Depois, voltando, o pai do Jake nos falou que seguindo aquela estrada, mais umas 9h a gente chegaria na Lapônia! Eis a terra do papai noel. (pra quem foi curioso e olhou a página da Wikipedia, veja que bizarro: a brasão do lugar tem um homem de sunguinha, mas lá no verão deve fazer 10 graus). Mas pensamos que 9 horas pra ir, mais 9 pra voltar, com certeza nos atrasaríamos pro jantar e a mãe dele não ia ficar muito contente. Além do que depois de viajar seis horas, viajar mais nove não era um plano nada atraente.
Voltamos pra vila que fica perto da cidade Joensuu, e em casa, pudemos tomar uma cerveja, e aproveitar a sauna. Lá a maioria das casas tem uma e é tradição familiar. Ficamos uma meia horinha,até eu quase desmaiar e saímos pra tomar um ar fresco e um suco e depois, mais suadeira. Foi bem legal. Ela é toda arquitetada, tem uma ante-sala pra tirar a roupa. Outra com ducha e uma mesinha, daí a sauna em si e uma porta que dá acesso a uma sacada toda fechada com tela, mas com umas mesinhas pra pessoa tomar um ar como se faz com um bolo na janela depois de assar.
Foi um dia cansativo e pra terminar fomos brincar de arrombar a mala. Depois de serrar e puxar com o alicate, fui descobrir as chaves, agora inúteis dentro da mala.
Ah, e não disse ainda, mas será importante pro dia seguinte, mas é tradição que se tire o sapato ao entrar numa casa na finlândia. Não só por limpeza, é uma questão de você se colocar no mesmo nível que a pessoa que te recebe, é descer do salto. Mas o que acontecerá depois de uma noite de sono?
Opa... o que, o que, o que?!
ResponderExcluirAssim nem vale... fiquei curioso... rs
Hey kid,
ResponderExcluirAmei as fotos, os Elks(é por isso a foto com os galhos?), a casa, mas fiquei curiosa sobre a foto que voce não vai postar....:)E graças a Deus a música não era Edelweiss, ou eu ia achar que voce tinha ido parar no inferno,hahaha
Aguardo o próximo capítulo:)
bjs