Revelação

Em fevereiro, escrevi um post sobre o que esperava de 2011. Ele terminava com as seguintes frases: "Tudo tem sim, seu tempo. Estou clichê. Vou perceber que ao final de 2011 tudo virá mais fácil e os pontos onde errei estarão mais claros, mais definidos. Superados? Talvez nem tanto, mas não tenho pressa. A perspectiva é de muito estudo, trabalho, mas acima de tudo, a vontade de amar profundamente, de uma forma que eu nunca me permiti antes, de uma forma diferente."

Diante disso, escrevo o seguinte:
O tempo passou.
Foi voando, sempre rápido e deixando um rastro de gosma
pela minha pele e pelo meu cabelo.
Uma lesma na velocidade da
luz.

Espiralmente, fui entrando em mim mesmo.
Ouvindo a Katie e quem quer que fosse
Dançando no ritmo das minhas vitórias
Camiseta escrito loser
Acendendo e apagando, vagalume em noite de verão.

Pesando a vida e vivendo leve.
Pesado leve pesado sorrindo
Contando um dois e parando no Seven
Contando histórias e fazendo mais dela
Dramatizando, investigando, ensolarando.

Daí, do nada, e de tudo, eu voltei a
rezar.
I didn't go back to black, não não não
Eu mergulhei de cabeça e disse sim
pra novas cores, novas paredes, novas formas de

me ver, agir.
E eu me vi amando, de um jeito assim,
igual,
mas diferente.
Amando o que (e quem) eu jamais havia imaginado

Mergulho no abismo, abre paraquedas, abre, abre
. Dor e fogo, dente e olho, tormenta e
bonança
Ainda há tanto pra se fazer, tanto pra terminar,
Natal se aproxima sorrateiro, cheio de

graça e surpresa.
Mas eu fiz
e faço (tem a ver com o tectonismo)
amei e amo
de uma forma tão profunda que chega a ser abissal.