sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Conversão

Na esteira de quem está recuperando um pouquinho do passado, um poema-confissão que mostra um poucão de quem eu fui e um pouquinho do que ainda sou.


Mais uma busca chegou ao fim.
Não quero. Não gosto. Não falo. Não posso.
A dor dá lugar a um novo matiz celeste.
As estrelas são outras. Mudam-se os santos.
Porém os velhos hábitos encalacrados e livres dentro de mim flutuam
Livres, dentro de uma prisão que sou eu.
Serão expurgados, e levados com o resto do lixo que repousa na sarjeta pela manhã!
È hora de mudar e de decidir,
Novos processos que levam a novas preocupações que desembocam em novos resultados.
Uma versão melhorada, ainda que carbonada, de mim.
Velhos amigos que retornam, velhas feridas, já cicatrizadas. Velhos hábitos que retornam.
Porém devo dar a eles uma nova roupagem, já que são diferentes em essência.
Chega de reformas! Estou cansado de simples arranjos que me mantém o mesmo que eu era e fui há anos!
Só a Revolução vai mudar o que sou! E ela começa aqui dentro.
Invoco a quebra, a ruptura com a mesma sede e devoção de quem invoca um Deus.
Me fecho, implodo, depois explodo e renasço.
Vou ser além de mim. Logo... Agora.

26-10-2006. Ônibus na Rebouças. 17:00

Um comentário:

  1. Dear kid,
    Este é mais intenso, mais decidido, como um guerreiro que está pronto para a batalha, está mais você.
    Muito intenso e muito bom.

    ResponderExcluir