terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Diário de bordo - 10-07-09 - Tallinn - parte 1

Depois de um longo intervalo, cá estou eu aqui para contar mais um pouco das minhas aventuras na terra de lá.

Só para fazer um breve resumo do que aconteceu até esse momento para os que acompanham os fascículos e para os que não acompanharam nenhum e decidiram começar a ler neste daqui. Chegamos na França e passamos dias legais lá, o albergue não foi lá aquelas coisas e perdemos um voo, numa sexta que insistia em fazer nada dar certo.

Depois fomos pra Copenhagen e experimentamos sensações deliciosas, conhecemos pessoas especiais e sem deixar de lado uma ou outra aventura (como correr atrás da câmera caida no meio da rua).

Depois, voamos pra Finlândia, fomos ao Leste e conhecemos o que a capital tinha pra nos apresentar. Parei exatamente nesse ponto, do meio pro fim da aventura finlandesa, e conto como as coisas se processaram na quinta de noite e na sexta toda, na aventura chamada Estônia.

Quinta à noite, passamos nos mercado para nos abastecer de coisinhas. Estava cedo demais para termos fome, posto que o almoço tinha sido tão tardio, mas logo que estivéssemos lá, a certeza de uma fome avassaladora nos assustava. Bem guarnecidos, bem dispostos, fomos pro porto pegar o tal navio.



Ao chegarmos ao embarque e entrarmos no navio, nos admirou seu tamanho e pompa. Pra quem nunca fez um cruzeiro ou nada do tipo, foi uma surpresa e alegria, voltar a ser criança e explorar cada canto daquele monstro marinho. Salão para dançar, cassino, pista de karaoke, restaurantes, e as cabines. A cabine era super chique, com banheiro e camas embutidas. Olha aqui e ali, decidimos fazer um piquenique bem debaixo da placa que dizia que não podíamos consumir nada que não fosse comprado no navio.

Depois de termos ficado no convés, vendo a Finlândia se afastar mais e mais, o vento frio e crescente, e depois de termos comido quase tudo que tínhamos trazido, fomos dar mais e mais voltas pelo navio. Conversamos, compramos um doce ou dois, e por fim, acabamos na pista de karaoke. O Ed não quis cantar de jeito nenhum, e eu fui,com a cara e com a coragem cantar a música do meu chará. Your song, quase meia-noite, desafinado. Era o zênite da felicidade. Depois disso, nada podia mais me contentar, fomos dormir pois de manhã cedinho teríamos que desembarcar. E olha que era cedinho mesmo. Eles chamariam às 6:15 e às 6:30 já deveriamos estar fora.




E foi o que fizemos. Ao chegar no porto, troca-se os euros por coroas estonianas. E estamos num outro país, em uma outra Europa, não era mais a Escandinávia querida. Estávamos na Europa Oriental.

Os cheiros, o sol da manhã, do dia que nascia, a brisa fria, fomos andando e o primeiro prédio mais diferenciado foi onde visitamos. Parecia ser uma estação de trem abandonada, alguns moradores de rua, algumas garrafas quebradas, mas nem nos aproximamos tanto. Tiramos algumas fotos e prosseguimos em direção à cidade.

Ao chegar na cidade, nem era tão longe, fomos andando pelas ruas quase desertas, nem era 7h e víamos em todas as placas que as lojas, os cafés, os pontos turísticos ou as informações turísticas, tudo abria às 9h. Um ou outro abria às 8h. A coisa era esperar, anda, anda, e acabamos sentando numa praça, esperando a cidade abrir. Pra que um barco venderia passagens pras pessoas chegarem e darem com a cara na porta?
Coisas de estonianos.

Haveria uma feirinha com artigos simulando objetos medievais. O pessoal tava montando a feirinha e a gente já dava uma observada no que iria comprar. Fiz vários planos, que se frustariam depois pelo fato de não termos voltado pra feirnha na hora que ela estava a todo vapor.

Com a abertura dos lugares, começamos a visitar algumas igrejas, como a que tem uma torre que foi por muito tempo a maior edificação da Europa (acho que até o século XII... é, faz tempo).

Deu um medinho pois lá em cima, diferente do alambrado e grade da torre eiffel, era só umas tábuas e uma grade de arame fino até a altura da cintura. Alguém nem conseguiu ir ali pra fora. Olhando de lá debaixo, ela nem parecia ser tão alta,ams foram tantos degraus, até suamos.



De manhã nos mantivemos ali na parte medieval da cidade. Fomos a um museu bem boboca que dizia ser interativo, mas tinha meia dúzia de coisas que você podia mexer no andar térreo e os outros eram um monte de cartazes. Museu mediavel interativo, não vale os 6 euros da entrada... =P

Pelo menos deu pra divertir. Fomos a lojas que vendiam produtos. Fiquei louco pra comprar uma capa, estilo Dungeons and Dragons, mas por 120 euros não dava. O Ed comprou uns sabonetes. A mocinha era uma fofa e muito bonita, com um inglês bonito.




Já quase na hora de almoçar, avisei os meninos que um moço do Couchsurfing tinha se disposto a nos mostrar algo da cidade. Fomos almoçar e conversamos com ele pelo celular do Jake. Nossa decisão pra almoço foi complicada, onde ir, onde ir?
Acabamos decidindo por um restaurante típico medieval, com luz de vela e cervejas temperadas. Foi divertidíssimo comer arroz com geléia de cebola e umas furtas vermelhas, e eu ousei: comi coelho. Nem parecia tanto e tava meio escuro, por isso, naõ me achem tão ogro assim. Queria experimentar algo que aqui no Brasil eu não pensaria em comer. A porção foi bem servida, tanto que nem deu espaço pra sobremesa. A garçonete foi muito agradável. Recomendo. Não é a refeição mais baratinha que tinha, mas não foi nenhum absurdo. Viva a conversão!!! Depois de três moedas, você meio que perde a noção do quanto você tá gastando. Chegar no real fica tao distante... PS - por que não tiramos uma foto da fachada do restaurante? Mistério...



Saimos do restaurante e encontramos o Marko...

(continua)

Um comentário:

  1. Nossa kid, que torre alta!!
    E tinha que subir por escadas? :P
    Achei lindo o navio mas só de olhar pra ele me dá enjôo :(
    Já o coelho.....yammy,hahahaha
    bjs

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