quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Jornada para Utopia: Dia 5 (versão de LVA)


Novo dia. Café da manhã, saímos de casa e lá estávamos nós de novo no Royal Ontario Museum. Não queríamos ficar no escuro de novo. E também, tínhamos uma hora e meia para ver a exposição e alguma outra parte do museu que não pudemos ver, já que logo na sequência eu iria para a conferência. A primeira atividade começaria ao meio-dia.

Quando chegamos no andar, havia essa projeção animada do mundo desde a Pangeia até os dias de hoje.




A exposição era muito interessante. Nós aprendemos sobre como os cientistas reconstruíram esses grandes dinossauros (ou os pequenos também) a partir de apenas 20% dos seus ossos. Às vezes, eles tinham quase o fóssil completo, mas isso não era comum. Alguns eram da América do Sul, outros da Africa.


Este sou eu tentando fingir que estava prestes a ser atacado. Má atuação.



Aqui na Florida aprendi a ser gentil com os crocodilos, então eu estava acariciando este. Eles não são tão assustadores, sabe?

Depois dos dinossauros, ainda tínhamos algum tempo então decidimos ir para a parte africana do museu e as partes do Pacífico e dos canadenses nativos também.




Depois, fomos para a exposição egípcia e completamos a romana e chegamos na grega.






Quando estávamos indo embora fomos para a loja do museu, mas eu não vi nada interessante lá. Havia apenas essas poltronas pós-modernas e eu tive que sentar lá e fazer uma pose.


Depois disso, já era quase 11:30 e eu tinha que pegar o metrô para ir pro hotel onde estava acontecendo a conferência. Dale já tinha me mostrado onde era no dia anterior. No caminho, comprei alguns tacos no Taco Bell e comi um enquanto andava até lá, como almoço. Eu ia guardar o outro para mais tarde. Eu já estava atrasado.
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Inscrever-me foi bem fácil, mas a estrutura era um pouco diferente da do ano passado. Os crachás, por exemplo, não eram impressos e já prontos, o rapaz pegava o plástico e copiava o nome num pedaço de papel, escrevia à mão ou te deixava fazer isso.

Cheguei um pouco atrasado para a primeira atividade da conferência. O Professor Lyman Sargent estava ministrando um seminário sobre apresentação de falas, pesquisa, publicação e construção de carreira. Algumas dicas que ele deu eram muito específicas ao contexto americano e outras foram bastante úteis. Algumas óbvias, algumas interessantes. Depois disso, eu fui à mesa chamada “Ficção Científica”. Havia duas pessoas falando sobre Ursula LeGuin, uma de uma perspective literária, mas ela passou bastante tempo falando sobre a teoria da utopia. A outra pessoa falou a partir de uma perspectiva filosófica, contrastando o livro Os despossuídos de LeGuin, com o livro A Política de Aristóteles. O terceiro a se apresentar foi Andrew Milner e ele falou sobre os programas de rádio de ficção científica e foi algo interessante porque é algo sobre o qual dificilmente as pessoas falam (ou escrevem).

Havia outra mesa na sequência e eu estava nessa para ouvir as pessoas falando sobre a “teoria utópica”. A  primeira a falar foi Ruth Levitas, que escreveu The Concept of Utopia e ela estava falando sobre utopia como graça, então, ela misturou um pouco de teologia à sua abordagem filosófica. Ela era um dos grandes nomes presentes na conferência. Depois disso, Nancy falou sobre empatia, um conceito muito interessante. E então, Zac Zimmer, com quem em havia dividido o quarto no hotel no ano anterior, falou sobre as relações entre a conquista da América e o livro de More, Utopia.

A última atividade acadêmica foi a plenária na qual 4 ou 5 pessoas, membros antigos da Sociedade de Estudos Utópicos falaram sobre a história dos estudos utópicos, sua relação com isso e um pouco de ideias que eles tinham de para onde deveríamos estar nos encaminhando. Foi quando eu ouvi que o Brasil começará sua sociedade e que os estudos feministas estavam enfraquecendo nos últimos anos. Isso me fez pensar.

Depois disso, eles estavam organizando um coquetel. Isso significava, no mínimo, alguma comida e uma bebida de graça. Mais importante, era a hora de eu conversar com as pessoas que eu conheci ano passado e de eu conhecer novas pessoas. Eu não pude deixar de me aproximar de Tom Moylan, cujo trabalho eu simplesmente amo e me apresentei. Até porque, já tínhamos conversado por e-mails. Conversamos por volta de 5 minutos e ele foi muito amigável. Eu disse a ele que eu entrevistaria a Marge Piercy e ele ficou muito animado por isso. Pedi algumas ideias para a entrevista e ele me disse que pensaria em algo. Então, eu encontrei meu orientador Phillip Wegner, e ele me apresentou ao grupo da “Universidade da Florida”: algumas pessoas que foram alunos na Universidade da Flórida, mas estão atualmente dando aulas em outros lugares dos EUA.

Eu também me apresentei para o Andrew Milner. Eu tinha lido alguns dos textos dele e ouvido minha orientadora do Brasil falar sobre ele, ele também estudava o Raymond Williams (como ela). Ele foi realmente simpático e estaríamos juntos novamente no dia seguinte porque ele seria o mediador da mesa da qual eu fazia parte.

Depois de algum tempo, as pessoas começaram a ir embora e eu pensei em ir embora também. O dia havia sido longo e eu ainda tinha que passar um certo tempo voltando para casa (que era como eu me sentia na casa do Dale). Meus planos iniciais eram sair do congresso e visitar a CN Tower aquela noite. Não deu certo. Estava tão cansado e ansioso também com a minha apresentação logo cedo no dia seguinte, que preferi desistir e ir embora.

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