sexta-feira, 23 de abril de 2010

Direção

Esse poema foi fruto de um jogo estético a quatro mãos. Fomos brincando com as estrofes, rimas, mudando o que o outro fez. Eis o resultado. Valeu Rodrigo?

Corro a toda velocidade naquela direção. Chove.
E a chuva escorre na minha face como lágrimas de fora pra dentro.
Pra que a pressa? Não há para onde fugir.
A noite parece chegar igual pra todo mundo.

A cada passo meu que ressoa na escuridão,
Me sinto mais forte.
E como força fosse luz, claridade.
Preto e branco se fundindo, dando vida a uma nova verdade.

Cínico? Me jogo na vida e crio um novo amanhã.
Passo por trilhas, montanhas, desertos e acabo aqui, nesta cidade.

Já não há bem ou mal, já não me restam escolhas e, aos poucos, sinto a força
Se esvaindo. Desvairada.
Pego o metrô, que já não dá mais pra andar.
A próxima é a Clinicas, eu vou me encontrar. Ou você?

Aqui é Paris ou aqui é Madrid? Aqui e acolá. Pro lado de lá?
A pé, sobre trilhos... importar, nunca importou.
Mas sigo. Você não seguiria?
Face fora, foge força. Em frente e enfrente!

Não há mesmo para onde correr.
Naquela direção só restaram as marcas da chuva que um dia passou.

3 comentários:

  1. Eiiiiii, é confuso, porque não é meu, nem seu! Mas eu gosto! Acho que valeu, sim!

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  2. Puxa! Não te achei neste poema... Mas isso não é crítica e, sim, apenas uma constatação, ok? E ainda espero o primeiro parágrafo.
    Bjs, Ca.

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