sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Jornada para Utopia: Dia 1 (versão de LVA)

E então, no dia antes da viagem eu estava fazendo as malas e algumas coisas interessantes aconteceram. Eu teria que chegar no aeroporto às 5h30 pois meu voo seria às 6h55. Portanto, os ônibus não estariam funcionando. Eu devia chamar um táxi? Um dos meninos que mora comigo, o Steve, me ofereceu uma carona. Eu não queria aceitar porque ele trabalharia até às 2h e teria que acordar às 8h para ir trabalhar de novo. Eu achei que seria pedir demais.

E também, tinha uma festa pra ir. Seria a minha primeira festa em uma casa. E o pessoal que estava organizando a festa era um dos mais simpáticos que eu conheci aqui. Não teria como eu não ir. Então, eu peguei emprestado a bicicleta do Steven e pedalei 20 minutos até chegar na festa. Mesmo que eu tenha tentado ir devagar e era uma ladeira, eu cheguei lá empapado de suor. Eu acorrentei a bicicleta em uma árvore e quando eu estava entrando alguém me disse que eu deveria pagar um ou dois dólares. Eu não previ isso e tinha apenas meu ID (RG) e meu cartão de crédito comigo. Um dos meninos que me conhecia me reconheceu e me deu um copo e disse que eu não precisava pagar nada. A festa já estava cheia. Eu procurei meus amigos e eles já estavam se divertindo muito. Mesmo pessoas que eu não pensei que estariam lá estavam. A música estava uma loucura, as pessoas estavam se divertindo muito e a polícia apareceu duas vezes. Uma festa universitária típica. Quando era por volta das duas, e mesmo não dando tchau, eu fui embora para pedalar de volta para casa. Foi mais difícil para voltar porque era subida. Eu consegui e cheguei em casa, tomei um banho e tinha algumas horas para dormir.

Quando era 5h30 eu ouvi o alarme do Steven, e o meu também. Me vesti e peguei alguma coisa para comer. Ele me levou até lá e eu não tinha palavras para agradecê-lo por ter feito isso. Ainda estava escuro.

Passar pela segurança foi moleza. Os voos não tiveram atraso e eu mal vi alguma coisa porque estava muito cansado. A única coisa que eu estava curioso pra ver era que o capitão tinha dito que nós passaríamos por cima dos Everglades antes de chegar em Miami. Então eu queria ver isso porque eu não tinha ideia se eu veria em algum momento em breve. E eu acordei bem na hora para tirar algumas fotos dos pântanos.


Nada de interessante aconteceu no aeroporto de Miami. Alguns brasileiros, um monte de judeus e o embarque para o próximo voo foi tranquilo. O único problema com o próximo voo foi que uma família sentou na fila atrás de mim e as meninas tinham vozes irritantes e ficaram choramingando o tempo todo. Isso foi de tirar do sério. Eu consegui dormir, mesmo assim, mas um casal de meia idade que estava sentado do meu lado não estava encarando aquilo muito bem. A mulher começou a reclamar sobre as garotas, nós começamos a conversar e ela me deu várias dicas e coisas que eu devia fazer em Toronto. Eles estavam voltando de um excursão para o Peru e nós falamos sobre a América Latina.

Quando cheguei no aeroporto, eu tinha que comer alguma coisa. Eu procurei e procurei por lugares para comer e a praça de alimentação era escondida atrás dos balcões de embarque. Eu decidi comer um kebab, que era muito caro pelo o que foi servido. Eu esperava mais, então eu deveria ter ficado com qualquer coisa já conhecida por mim. Eu tinha alguma horas para esperar que o Dale estivesse pronto, então eu procurei uma tomada e me conectei com a internet. Antes que eu percebesse, já era a hora de eu ir para o ponto de ônibus para pegar o ônibus para Newmarket. Eu troquei algum dinheiro, peguei o ônibus e fui para o terminal.
Depois, esperei uns cinco minutos até que o Dale chegasse. E estava imaginando que ele estaria de muletas mas ele não estava. Eu estava tão animado e pensando que aquilo era como um momento histórico, o primeiro encontro depois de anos de uma amizade virtual. No entanto, ele é prático e pé-no-chão e o encontro não foi nem mágico nem impressionante. Foi engraçado. Então nós pegamos um ônibus e fomos para a casa dele. Ele foi me mostrando e falando sobre os lugares que passávamos. Ele era bastante autentico e espirituoso, uma pessoa bastante observadora. Eu percebi então que nos daríamos bem.
Na sua casa ele me apresentou para sua mãe Edna. Ela era uma pessoa falante e amigável. Nós nos sentamos, falamos sobre vários assuntos. Eu mostrei pra ele um pouco do material que eu peguei no aeroporto e nós decidimos o que visitaríamos nos próximos dias.

Depois de um jantar apetitoso, nós subimos e vimos um filme. Bem, uma parte dele. Dale nunca me perdoou por eu ter pedido para parar o filme nem no meio dele.

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