terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Jornada para Utopia: Dia 11

Assim que cheguei em Boston, peguei o metrô. Não foi difícil encontrar a estação que eu precisava ir. Andei de lá até a casa do Heraldo. Ele tinha recebido um amigo e aluno meu, e eu o contactei tanto pelo Couchsurfing quanto por email. Ele concordou em me receber e eu teria chegado na tarde do dia anterior, mas com o problema do aluguel do carro e tal, já tinha o informado da mudança de planos. Ele me disse que não estaria em casa quando eu chegasse, mas o Rick estaria. Eles moram juntos. Cheguei, tive que subir um lance de escada e o Rick me recepcionou, me mostrou onde eu dormiria e a casa, me deu uma chave e partiu pra trabalho.

Coloquei as malas no quarto e deitei na cama. Eu tinha dormido durante a viagem de Wellfleet a Boston, mas ainda me sentia cansado. E sentia falta da minha cama. Fiquei ali, olhando pro teto e tentando juntar energias para levantar e seguir com a vida. Estava em Boston, uma cidade interessante, histórica, cheia de possibilidades e seria estúpido da minha parte não sair e me divertir. O Heraldo me ligou, pra verificar se estava tudo certo e me disse que havia algumas revistas de turismo em cima da mesa do quarto que eu estava. Peguei as revistas e selecionei três ou quatro lugares pra ir. O tempo não estava tão convidativo pra ficar andando pela cidade, tinha começado a chover, então resolvi visitar um museu.


No caminho, pude ver prédios bem interessantes.





E pude até tirar foto de um lugar cheio de neblina e cinza. Assustador.


Daí, cheguei no museu do MIT. Para as pessoas que não trabalham com ciências e talvez não saibam, o MIT é o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, um dos mais importantes centros de desenvolvimento de tecnologia no mundo. Fiquei feliz ao chegar lá porque gosto de museus de ciências. Fiquei mais feliz ainda quando a moça da bilheteria me perguntou se eu tinha carteirinha de estudante e minha carteirinha da faculdade serviu pra me dar desconto. Havia cinco exposições diferentes e algumas delas não permitiam que se tirasse foto. Uma era sobre o aquecimento global afetando as geleiras, uma outra sobre holografia, e havia uma exposição de Polaroids. Fiquei no museu por umas duas horas. Até comprei uma camiseta que era pra ser presente, mas gostei tanto que fiquei pra mim.




Ao sair do museu a garoa tinha se transformado numa chuva forte. Por sorte, tinha trazido meu guarda-chuva e andei um pouco do MIT até o Centro de Pesquisa do Câncer. O prédio era bonito e o lobby de entrada era um grande corredor de vidro, com as decorações abaixo e umas telas interativas para o visitante aprender mais sobre o câncer e as pesquisas que eles faziam ali.




Depois disso, comecei a ficar com fome. Era 3 ou 4 da tarde e eu não tinha almoçado ainda. Mesmo o café da manhã tinha sido os restos do que eu tinha trazido do Canadá. Então fui numa banca japonesa, perto de uma livraria grande e comi sushi. Depois de comer e dar uma passeada na livraria, sem encontrar nada de interessante, fui andar mais pela região, já que não estava mais chovendo e eis algumas das coisas que eu vi (prédios e decoração da rua).



Já que estava ficando escuro e os museus e outros lugares estavam fechando, decidi voltar pra casa. Um outro menino do Couchsurfing que não tinha podido me receber, mas sabia que eu estava por ali, me convidou pra ver um filme com uns amigos. Se eu fosse, ia chegar tarde em casa e eu teria só aquela noite para conversar com o Heraldo. Ele era a pessoa que estava me dando abrigo, então senti que deveria ficar com ele, conversando. No caminho de volta, eu vi a estação Harvard e desci. Esperava que a universidade ficasse ali perto. Apesar de minha câmera tirar umas fotos ruins à noite, consegui algumas. Me diverti andando pelo campus e vi a capela, a famigerada estátua do fundador e o que mais estivesse sinalizado. Pensei onde será que era o laboratório do Walter Bishop (da série Fringe), mas não perguntei pra ninguém.





Saí do campus e andei pela região. Vi uma livraria legal e a visitei. Sempre procurava algum livro legal pra comprar, algum da Marge Piercy que eu ainda não tenho ou alguém que eu já tenho, para doar para a biblioteca da sala arco-íris da UF.



Finalmente, voltei pra casa do Heraldo. Ele e o Rick tinham feito a janta. Eu me servi. Como o tempo estava frio, eles fizeram um caldo de peixe. A sobremesa era mousse de caju, eu nunca tinha comido antes. O Heraldo tinha feito de forma experimental. Conversamos bastante, nos divertimos achando pontos e gostos em comum e compartilhando histórias de vida. Estava triste de ir embora já cedo no dia seguinte. Eles foram pra cama porque acordariam cedo no dia seguinte e eu segui o exemplo. Nos despedimos. Eu ia acordar um pouco mais tarde que eles, e decidi tomar banho de manhã, antes de ir. Se eu soubesse que aqueles minutos valiosos poderiam ter feito uma grande diferença para aventura que tive no dia seguinte...

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